
Luciano Meira – Itaguara
Na manhã do sábado (8), Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Itaguara promoveu na Arena Itaguara um grande evento esportivo em homenagem às mulheres.
Com a presença de mais de uma centena de participantes, diversas atividades foram desenvolvidas na ocasião. Houve apresentação dos grupos de Dança Circular e do Grupo de Práticas Corporais Chinesas além de animadas partidas de queimada e vôlei contando com a participação de 43 mães de alunos do projeto Esporte Solidário.Além das nossas animadas ‘dançarinas e atletas’, o evento contou também com a presença das representantes da Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Itaguara, que é presidida por uma mulher, a vereadora Petoca (PL).
Por determinação do prefeito Luan (PL), o evento sem precedentes na cidade, foi pensado e executado não como uma homenagem formal, burocrática, mas como uma oportunidade de valorização e integração oferecendo momentos de lazer e descontração.
“Minha concepção de homenagem passa obrigatoriamente por valorizar e integrar as homenageadas e quem as homenageia, simplesmente entregar uma lembrancinha de forma alguma representa o que de fato nossas mulheres merecem, se fossemos fazer algo por mérito apenas um dia de homenagem não seria suficiente. O Dia Internacional da Mulher não representa apenas uma celebração das conquistas femininas, mas também um lembrete da necessidade contínua de transformação social”, concluiu o prefeito.
08 de março Dia Internacional da Mulher
Há muitas histórias sobre a origem do Dia Internacional da Mulher. É bastante conhecida a ideia de que a data surgiu em homenagem às mais de cem mulheres vítimas do incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, mas apesar de trágico e simbólico, o ocorrido em 25 de março de 1911 é posterior a algumas das lutas operárias que culminaram na origem verdadeira.
Não há um evento específico que explique sua origem: a data nasceu de um conjunto de movimentos no final do século 19 e começo do século 20 contra as péssimas condições de trabalho às quais as trabalhadoras eram submetidas. As mulheres tinham que trabalhar 16 horas por dia durante seis dias na semana. Elas eram vigiadas para ir ao banheiro e até fora do trabalho. Sofriam um conjunto de abusos e assédio sexual, tudo isso para ganhar 33% a menos do que os homens – algo que ainda hoje se mantém.
Além de reivindicar o mínimo de dignidade, elas lutavam contra o trabalho infantil, já que era comum que até mesmo seus filhos passassem por situações similares. Mesmo sem explicar a criação da data, o incêndio na fábrica norte-americana trouxe à tona as más condições vividas nas indústrias. No Brasil, operárias também enfrentavam ambientes de trabalho semelhantes.
Uma série de eventos levaram ao reconhecimento da causa e da data.
1. Mulheres protestam nas ruas de Nova York (1909)
Em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, 15 mil mulheres que viviam em condições insalubres saíram às ruas reivindicando melhores condições de trabalho.
2. Alemã Clara Zetkin propõe a criação de um dia das mulheres (1910)
A proposição da data veio em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, e foi feita pela professora e jornalista alemã Clara Zetkin. “Uma das mulheres mais importantes na organização do movimento das mulheres”, diz Anchieta. “Ela propôs uma data não para comemoração, mas para que as mulheres pudessem se reunir anualmente para refletir sobre seus avanços e movimentos”.
3. Incêndio em fábrica de Nova York (1911)
O incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist Company, em 1911, deixou 146 vítimas, sendo 125 mulheres e 21 homens. A fábrica empregava 600 trabalhadores, a maioria de meninas e mulheres imigrantes judias e italianas entre 13 e 23 anos. Algumas pessoas conseguiram chegar às escadas do prédio, outras desceram pelo elevador e muitas chegaram a pular pelas janelas para fugir do fogo. Depois disso, o “caldeirão” de acontecimentos que vinha se formando chegou ao ápice com a Primeira Guerra Mundial. As mulheres assumiram postos de trabalho antes exclusivamente masculinos pela ausência dos homens que lutavam na guerra.
4. Russas vão às ruas contra a guerra (1917)
Naquele ano, aproximadamente 90 mil mulheres russas foram às ruas com o lema “paz e pão”, pedindo comida para seus filhos e o retorno dos maridos das trincheiras. Esta é a data mais próxima da data comemorada hoje. No calendário antigo russo seria 23 de fevereiro, mas no calendário gregoriano é oito de março.
O 8 de março, no entanto, só foi oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas) mais tarde, em 1975.
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