Justiça Eleitoral condena Pablo Marçal pela segunda vez

Mais uma vez, o ex-coach foi declarado inelegível por 8 anos

Pablo Marçal, (PRTB). Reprodução/Redes Sociais
Luciano Meira

Candidato derrotado na eleição para a Prefeitura de São Paulo no ano passado, o influenciador digital e empresário Pablo Marçal (PRTB), foi novamente condenado a inelegibilidade por oito anos.

Na sentença publicada no sábado (26), o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou ainda que Marçal pague uma multa de R$ 420 mil por descumprimento de medida liminar.Marçal disse, em nota por meio de sua assessoria de imprensa, que irá recorre da decisão e acredita que a sentença será revertida.

Em fevereiro, o ex-coach já havia sido condenado a oito anos de inelegibilidade, mas as penas não são comutativas. Então, mesmo com a nova condenação, são contados apenas oito anos a partir da eleição.

Nesta nova condenação, Marçal foi considerado culpado por “abuso no uso indevido dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos de recursos e abuso de poder econômico”.

Segundo o juiz, Marçal cooptava colaboradores para disseminar conteúdos em redes sociais e serviços de streaming, usando o sistema de ‘corte’, com a publicação de vídeos curtos.

Através de concurso de cortes e de premiações, conteúdo teria sido impulsionado de forma ilícita. E o pagamento aos “cortadores” teria sido feito de uma forma que impede a fiscalização pela Justiça Eleitoral da origem e destino dos recursos.

A multa de R$ 420 mil foi imposta, segundo o juiz, por Marçal ter descumprido por 42 dias a determinação da Justiça de suspensão temporária de seus perfis nas redes sociais até o fim da eleição, ao manter ativa sua conta na plataforma Discord.A ação foi movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que também disputou a prefeitura.

Condenação em fevereiro

Em fevereiro, Marçal foi punido por abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos na campanha eleitoral de 2024, por conta de um vídeo em que prometeu apoio a candidatos a vereador que fizessem doações de R$ 5 mil para sua campanha.

O vídeo em que Marçal ofereceu apoio mediante doações em Pix de R$ 5 mil foi publicado em setembro de 2024.

Mais ações contra Marçal

Outra ação contra Marçal diz respeito a um laudo falso divulgado pelo candidato do PRTB, o que fez com que sua conta no Instagram fosse suspensa na véspera do primeiro turno.

Na ocasião, a campanha de Boulos entrou com uma ação pedindo a prisão de Marçal por ter publicado um laudo falso — o que foi comprovado por perícia da Polícia Civil — alegando que o candidato do PSOL teria procurado ajuda médica após consumir cocaína.

Em novembro daquele ano, Marçal foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por conta do laudo.

No primeiro turno da eleição municipal em 2024, Marçal ficou em terceiro lugar, com 28,14% dos votos — portanto, não passando para o segundo turno.

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