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Da redação
A carreta envolvida no acidente que matou 41 pessoas na BR-116 nesse sábado (21) trafegava com excesso de peso, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Em análise da nota fiscal do veículo, foi constatada a sobrecarga do limite permitido para viagens.
“Aí já haveria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor da carreta”, disse o delegado Saulo Castro, porta-voz da PCMG, em coletiva de imprensa que reuniu representantes da segurança pública do estado na manhã deste domingo (22).
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Os investigadores não descartam a versão apresentada por testemunhas, de que um bloco de granito, transportado na carreta, tenha se soltado. “Em um trecho da rodovia de declive, onde há uma curva, uma grande pedra de granito teria se desprendido da composição traseira, atingindo em cheio o ônibus”, esclareceu Castro.
Durante a entrevista coletiva, as autoridades também confirmaram que o motorista da carreta estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Em 2022, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro após ser parado numa blitz e teve o documento apreendido. O homem está foragido, e os trabalhos de busca se concentram no Espírito Santo.
A informação da CNH suspensa foi confirmada pelo tenente-coronel Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais. O nome e a foto do motorista não foram divulgados. “Conclamamos ao motorista do caminhão para que se apresente”, disse o agente da PM na coletiva.
Para entender o caso
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o acidente ocorreu na altura do km 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. A colisão ocorreu por volta das 3h30 e envolveu três veículos: um ônibus da empresa Emtram, um carro de passeio e uma carreta carregada com bloco de granito.
O ônibus havia saído do terminal do Tietê, em São Paulo, às 7h de sexta-feira (20), e tinha várias paradas programadas por cidades da Bahia, sendo a última no município de Elísio Medrado, a 230 km de Salvador.
Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, o acidente envolveu ao menos 49 pessoas: 45 no ônibus, três no carro de passeio e o motorista da carreta, que fugiu do local. O homem, já identificado pelos agentes de segurança, tinha o direito de dirigir suspenso e segue foragido.
Após a colisão entre os veículos, o coletivo pegou fogo e explosões foram registradas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus estava em situação regular. Em nota, a Emtram, empresa responsável pelo ônibus, se solidarizou com os familiares das vítimas do acidente e informou que “está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário”.
Inicialmente, o levantamento do acidente apontava 38 mortos. Na coletiva deste domingo, entretanto, a Polícia Civil apontou que o fato deixou 41 óbitos. O acidente desse sábado é a tragédia com mais mortes em estradas federais pelo menos desde 2007, ano inicial da série histórica da PRF.