Futuros do milho seguem sob pressão da safra dos EUA e Chicago acumula perdas ao longo da semana

B3 também tem cenário negativo para as cotações, que tiveram quedas semanais Logotipo Notícias Agrícolas

Da redação

A sexta-feira (20) termina com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).

De acordo com o diretor da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, as condições de desenvolvimento das lavouras de milho nos Estados Unidos seguem muito boas, o que aliado as projeções de aumento de área cultivada e grande produção para essa nova safra norte-americana segue pressionando as cotações em Chicago.

“Quando a gente olha para Chicago, nos diferentes vencimentos, o milho saiu de US$ 4,60, 4,70 e 4,80 para as diferentes posições e hoje elas estão convergindo para US$ 4,20 ou US$ 4,30. Ou seja, o componente Chicago na formação de preços não é favorável para a sustentação dos preços no médio e longo prazo”, diz.

Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho tiveram uma sexta-feira de movimentações em campo misto, com as principais cotações operando sem grande amplitude.

A análise de Galvão é de que o cenário segue sendo pressionado pelo avanço da colheita da segunda safra brasileira e da projeção de uma grande produção nesta temporada, o que reflete no derretimento dos preços do grão no Brasil.

“O reflexo que o produtor já está vendo é o derretimento do preço do milho. Em boa parte da BR163 já está abaixo dos R$ 40,00 e se a gente puxar 30 ou 40 dias atrás no disponível estava acima dos R$ 55,00, casos de até R$ 60,00. Esse derretimento é a maior evidência de uma safra de inverno que repete o número de 2023, perto de 110 milhões de toneladas”, aponta.Na visão do diretor, esse cenário tende a seguir assim enquanto os trabalhos de colheita se estenderem pelo Brasil, mas pode mudar no segundo semestre, especialmente diante de projeções otimistas para a demanda pelo cereal do país.

“Na perspectiva de mercado doméstico tem demanda em crescimento para o consumo de proteína animal, aves, suínos e ovos. O tema do etanol de milho também já tem players muito bem consolidados e isso garante demanda assegurada de curto prazo e até já para o próximo ano. Mas o principal item de consumo de milho no Brasil é a exportação, que revimos nosso número de 47 para 48 milhões de toneladas agora no calendário 2025 até o começo de 2026”, relata Galvão.

Confira como ficaram todas as cotações

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