Ana Maria Gonçalves faz história como primeira mulher negra eleita para a Academia Brasileira de Letras
Autora de “Um Defeito de Cor” conquista cadeira 33 e marca novo capítulo na literatura brasileira

Luciano Meira
A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, nesta quinta-feira (10), a escritora mineira Ana Maria Gonçalves como a primeira mulher negra a integrar o seleto grupo de imortais da instituição, fundada há 128 anos. Aos 55 anos, autora de obras marcantes como Um Defeito de Cor, Gonçalves recebeu 30 dos 31 votos possíveis para ocupar a cadeira de número 33, anteriormente pertencente ao filólogo Evanildo Bechara.Reconhecida por sua atuação na promoção de debates sobre literatura e questões raciais, Ana Maria Gonçalves é também roteirista, dramaturga, professora de escrita criativa e curadora de projetos culturais. Sua eleição foi celebrada por autoridades e por toda a comunidade literária, que destacaram o simbolismo e a importância do feito para a representatividade negra e feminina no cenário intelectual brasileiro.
A conquista de Ana Maria Gonçalves representa não apenas um marco para a Academia, mas também um avanço no reconhecimento da diversidade e da pluralidade de vozes na literatura nacional.