Cassação de Eduardo Bolsonaro avança: traição escancarada custa bilhões e empregos ao Brasil
Presidente da Câmara encaminha processo ao Conselho de Ética após deputado celebrar tarifaço e sanções contra STF e empresas; país paga caro por cruzada antinacional

Luciano Meira
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PI), enviou nesta sexta-feira (15) quatro pedidos de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao Conselho de Ética. A ofensiva parlamentar ocorre em meio à repercussão internacional de ações do deputado nos Estados Unidos, onde ele vem articulando sanções à economia brasileira e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de celebrar publicamente o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump — um ataque que já custa R$30 bilhões aos cofres públicos e coloca em risco milhares de empregos no Brasil.
Abandono de mandato e cruzada antinacional
processo contra Eduardo Bolsonaro ganha contornos inéditos de gravidade. Licenciado do cargo desde março, o parlamentar permanece nos EUA, onde não só abandonou suas funções legislativas — recebendo salário, verba de gabinete e mantendo uma equipe paga pelo cidadão — como passou a atuar deliberadamente contra o Brasil. Eduardo é acusado por partidos da base governista, como PT e PSOL, de usar sua influência para pressionar o governo norte-americano a retaliar o Brasil com tarifas de até 50% sobre produtos nacionais e promover sanções internacionais a autoridades brasileiras, em especial ao ministro Alexandre de Moraes e até mesmo a familiares do magistrado.
Chantagem, tarifas e a sabotagem ao país
As medidas do governo Trump, festejadas por Eduardo Bolsonaro e pela ala bolsonarista, inviabilizam exportações nacionais, prejudicam empresas em todo o país e ameaçam empregos. Os esforços do deputado junto a congressistas e assessores de Trump visam condicionar o fim do tarifaço e das sanções à votação de uma anistia para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro ou ao impeachment de Alexandre de Moraes no STF. São vítimas diretas dessa chantagem:
Empresas exportadoras de diversos setores — muitas já demitindo funcionários e concedendo férias coletivas
Ministro Alexandre de Moraes (STF) — alvo de campanha internacional liderada por Eduardo, inclusive contra sua esposa, Viviane Barci de Moraes
Outros ministros do STF e autoridades apontados por Eduardo como responsáveis por “perseguição política”
R$30 bilhões e empregos sob ameaça: o preço da traição
O governo Lula reagiu com um pacote emergencial, anunciado nesta semana, que destina R$30 bilhões em crédito subsidiado para tentar salvar empresas afetadas pelo tarifaço. Pequenas indústrias foram especialmente prejudicadas; muitas enfrentam paralisações, cortes de produção ou demissões em massa. O objetivo do programa oficial é minimizar os estragos e garantir a manutenção dos empregos, mas são medidas paliativas diante do prejuízo monumental causado por um parlamentar que conspira contra seu próprio país — e ainda se vangloria disso.
Conselho de Ética: cassação é o mínimo diante da “indefensável” conduta
Ao remeter os pedidos de cassação, Hugo Motta foi enfático: “Não podemos colocar interesses pessoais acima do interesse do país. Um deputado que age contra os empregos, a economia e a soberania nacional não merece o respeito nem o mandato concedido pelo povo brasileiro. Isso é indefensável”. Como prevê o regimento interno, o Conselho de Ética — presidido por Fábio Schiochet (União-SC) — sorteará um relator, que avaliará as denúncias e recomendará punição ou arquivamento. Eduardo Bolsonaro terá dez dias para apresentar defesa.
Ao custo de milhões pagos pelo contribuinte para manter gabinete, salário e funcionários de um parlamentar ausente e conspirador, soma-se agora a fatura bilionária do tarifaço executado sob suas ordens. O desprezo de Eduardo Bolsonaro pelos brasileiros não é apenas um ato de traição; é um golpe direto contra todos que trabalham, produzem e sustentam este país.