Eduardo Bolsonaro realiza manifestação tamanho “bananinha” em Nova Iorque
Cerca de 20 manifestantes se reuniram na Times Square em ato pró-golpistas
Luciano Meira – Agências
Vagando pelos Estados Unidos há mais de 15 dias, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no sábado (16/03), convocou uma manifestação em defesa de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Times Square, em Nova Iorque (EUA). A manifestação, que reuniu apenas cerca de 20 pessoas e foi abafada por outros grupos presentes na região, foi apelidada de “bananinha” por conta do tamanho diminuto. Nem mesmo o deputado, que alguns chamam de Dudu Bananinha, esteve presente na manifestação.
Na hora marcada para o início da manifestação, apenas quatro pessoas estavam no local, algumas fantasiadas a caráter, vestindo verde e amarelo. Visivelmente constrangidas, trocaram as animadas orações para pneus, ordem unida e sinais para extraterrestres por efusivas comemorações a cada novo manifestante que se unia ao grupo, na esperança de passarem menos vergonha.
Aproximadamente meia hora após o início da manifestação, os bolsonaristas alcançaram cerca de 20 participantes. Agora, além das fantasias verde e amarelas, alguns dos manifestantes usavam bonés com o lema de Donald Trump e bandeiras do Brasil e dos EUA. Um manifestante mais ousado ostentava um cartaz em apoio ao ex-assessor internacional do ex-presidente Filipe Martins.
A coisa estava tão pequena, mas tão pequena que, na tentativa de dar volume ao vexame, uma das organizadoras pediu para que os manifestantes se agrupassem mais, buscando criar a ilusão de multidão nas imagens. Na hora da foto oficial, os animados manifestantes começaram com seus gritos de “Anistia”, mas não contavam que religiosos coreanos, que realizavam um evento próximo, tinham um aparelho de som tão potente que abafou os gritos dos brasileiros.
Em números, o protesto bolsonarista foi menor que a manifestação de sul-coreanos pregando mensagens religiosas e até mesmo que um grupo de dançarinos de breakdance que se apresentava na Times Square. O êxtase da manifestação deu-se quando o ex-presidente apareceu ao vivo pelo celular de uma das organizadoras, tentando dar algum peso político à manifestação “bananinha”.
