Mineira participou do movimento que demonstrava a insatisfação com a Coroa Portuguesa
Da redação
O nome da mineira Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, única mulher a participar da Inconfidência, está inscrito oficialmente no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
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A lei que homenageia a mineira de Prados, cidade do Campo das Vertentes, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (6), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A iniciativa teve origem em um projeto de lei da Câmara dos Deputados: o PL 2.285/2023, de autoria do deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP). Durante a tramitação do projeto no Senado, o projeto teve como relator o senador Cid Gomes (PSB-CE).
Mulher inconfidente
Hipólita Jacinta Teixeira de Melo (1748-1828) é reconhecida como a única mulher a participar ativamente da Inconfidência Mineira, um dos principais movimentos anticoloniais do Brasil.
Ela fazia parte da elite de Vila Rica, atual Ouro Preto, que era a capital da capitania de Minas Gerais. Sua propriedade, a Fazenda Ponta do Morro, era local de encontros e reuniões secretas dos participantes do movimento.
Uma de suas ações mais notáveis foi a autoria de uma carta em que denunciou Joaquim Silvério dos Reis, o delator do movimento, como traidor.
Após o fracasso do movimento, Hipólita teve seus bens confiscados, mas não foi presa. Embora tenha desempenhado um papel relevante na história, sua contribuição foi apagada da memória oficial, e não há registro de sua aparência.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi criado em 1992 para preservar a memória de pessoas que se destacaram na história do Brasil. Guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, ele já conta com nomes como Zumbi dos Palmares, Ulysses Guimarães, Maria Filipa de Oliveira, Dandara dos Palmares, Machado de Assis e Chico Mendes.