Morre a cantora Angela Ro Ro, aos 75 anos

Cantora e compositora enfrentava problemas de saúde e estava internada desde julho no Rio de Janeiro

Angele Ro Ro – Reprodução
Luciano Meira

A música brasileira perdeu nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, Angela Ro Ro, aos 75 anos. A informação foi confirmada pelo advogado da artista, Carlos Eduardo Campista de Lyrio. Reconhecida por sua voz rouca e intensa, Angela vinha enfrentando complicações graves de saúde e estava internada desde julho no Hospital Silvestre, na zona sul da capital fluminense.

Angela Ro Ro, nome artístico de Angela Maria Diniz Gonçalves, foi internada em 17 de junho com infecção pulmonar grave e problemas renais severos. Durante a internação, precisou passar por traqueostomia para auxiliar na respiração e sessões de hemodiálise. Embora tenha apresentado melhora após cirurgia, sofreu uma hipotensão grave e uma parada cardíaca, da qual não resistiu.Nascida no Rio de Janeiro em 5 de dezembro de 1949, Angela ficou conhecida como uma das vozes mais autênticas do rock e da música popular brasileira desde os anos 1970. Com sucessos marcantes como “Amor, Meu Grande Amor” e “Gota de Sangue”, a cantora construiu uma carreira reconhecida pela intensidade vocal, letras confessionais e postura irreverente. Além disso, foi uma das primeiras artistas brasileiras a se assumir publicamente lésbica ainda nos anos 1980, influenciando gerações seguintes.

Ao longo da trajetória, Angela Ro Ro lançou mais de dez álbuns, transitando pelos gêneros MPB, blues, rock e jazz. Sua voz singular e seu temperamento forte marcaram campanhas e tantos momentos na cultura musical brasileira. Nos últimos anos, enfrentou ainda dificuldades financeiras, chegando a pedir ajuda pública para arcar com custos médicos e manutenção de sua equipe durante a pandemia.

O velório e as informações sobre o sepultamento ainda não foram divulgados pelos familiares. Fãs, colegas e admiradores manifestaram pesar e homenagens nas redes sociais, celebrando a trajetória da cantora que deixou legado indelével na música nacional.

A cultura brasileira sente a perde uma voz singular que ajudou a desafiar padrões e a ampliar a diversidade artística no país.

O Metropolitano

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