Nikolas Ferreira: O porta-voz dos bilionários e da desinformação no Congresso

Luciano Meira

A cada nova aparição pública, Nikolas Ferreira (PL-MG) reafirma seu compromisso inabalável com a elite bilionária do país. Em vídeo recente, o deputado federal se lançou em defesa dos super-ricos, atacando a proposta de taxação das grandes fortunas e alegando, sem qualquer base real, que a medida faria empresários fugirem do Brasil, levando consigo empregos e investimentos. O parlamentar, que parece desconhecer ou desprezar o abismo social brasileiro, repete o velho mantra neoliberal de que qualquer tentativa de justiça fiscal é um atentado ao “progresso”.O discurso de Nikolas é o retrato fiel do Brasil que ele representa: um país onde os bilionários são tratados como espécie em extinção e protegidos a qualquer custo, enquanto a maioria da população segue à margem, esmagada pela desigualdade. A retórica do deputado — que acusa o governo de “dividir a população” ao propor tributar os mais ricos — é de uma hipocrisia gritante, vinda de quem jamais se posiciona a favor de políticas que beneficiem os mais pobres. Pelo contrário: Nikolas se notabilizou por atacar iniciativas de redução de desigualdade e por defender privilégios de quem menos precisa de defesa.

Não bastasse o papel de advogado dos bilionários, Nikolas Ferreira coleciona condenações por disseminação de fake news. O Supremo Tribunal Federal já o multou por espalhar mentiras durante as eleições, incluindo vídeos em que acusava, sem provas, o presidente Lula de planejar confiscar bens dos brasileiros — mais uma tática de pânico moral típica do bolsonarismo. O deputado também já foi condenado por transfobia e por outros ataques a minorias, revelando seu desprezo por qualquer agenda minimamente civilizatória.

O histórico de Nikolas no Congresso é igualmente lamentável. Ele se opôs a projetos de interesse social e, em episódios recentes, votou para derrubar vetos presidenciais que, segundo especialistas, podem encarecer a conta de luz da população, penalizando justamente os mais pobres. Sua atuação é marcada por uma coerência perversa: sempre do lado dos poderosos, sempre contra qualquer avanço que signifique justiça social.

Enquanto o Brasil clama por reformas que enfrentem a desigualdade e garantam dignidade à maioria, Nikolas Ferreira se firma como o rosto da resistência reacionária, do negacionismo e da defesa intransigente dos interesses dos super-ricos. Um parlamentar que, ao invés de representar o povo, prefere ser o escudo dos bilionários — e o megafone da desinformação.