Pesquisa melhora rentabilidade de 91 queijarias em Minas Gerais

Projeto da Epamig e Fapemig leva assistência técnica a queijarias de MG, com foco em qualidade, segurança e maior rentabilidade ao produtor

Reproduçao – Arquivo RMC
Da redação

O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conduz um projeto voltado à qualidade dos queijos artesanais mineiros. A iniciativa atende queijarias das regiões de Alagoa, Mantiqueira, Serras de Ibitipoca e Campo das Vertentes.A proposta, aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), está em vigor desde 2022. Com foco no monitoramento da produção e capacitação técnica, o projeto já alcança 91 queijarias.

“O trabalho busca aproximar pesquisa e prática, conectando pesquisadores e produtores”, afirma Junio de Paula, professor e pesquisador da Epamig ILCT e coordenador do projeto. A pesquisadora Alessandra Salimena destaca a construção de vínculos. “Estabelecemos uma relação de confiança com esses produtores”, observa.

O projeto acompanha todas as etapas da cadeia produtiva:

Coleta de amostras de leite, queijo, soro-fermento, água e salmoura

Análises físico-químicas, microbiológicas e instrumentais

Aplicação de questionários técnicos

Sugestão de melhorias no processo produtivo

Reavaliação das queijarias após a implementação das recomendações

Capacitação de produtores, técnicos e extensionistas

Segundo Junio, os queijos já apresentam qualidade, e o objetivo é promover ajustes técnicos sem alterar as características tradicionais dos queijos artesanais. “O produtor recebe gratuitamente os laudos de cada amostra, com análises detalhadas e orientações para redução de perdas, correção de falhas e aumento da rentabilidade”, explica.

A bolsista Letícia Scaffuto relata que os impactos já são percebidos no campo. “Produtores têm relatado melhorias nos processos e maior valorização dos queijos”, afirma.

Entre as adequações técnicas mais adotadas estão o controle do cloro na água, melhorias na higiene da ordenha e avanços na padronização e segurança do produto final.

“É um trabalho coletivo que envolve pesquisa, extensão e o esforço dos próprios produtores. Além da Epamig, contamos com a colaboração da Emater-MG, do Senar, das universidades públicas que realizam as análises laboratoriais e dos Serviços de Inspeção Municipal”, conclui Junio.

O Metropolitano

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