Promotor que matou esposa deixa “spa” dos bombeiros e é transferido para penitenciária

Após anos de privilégios, André Luis Garcia de Pinho, condenado por feminicídio brutal, finalmente vai para o presídio

O antes e o depois do assassino – Reprodução Redes Sociais – Arte RMC
Luciano Meira

O promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho, condenado a mais de 22 anos de prisão pelo feminicídio cruel e torpe de sua esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho, finalmente foi transferido para a Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia. O assassino, que dopou e asfixiou a companheira em 2021, passou anos usufruindo de regalias na Academia do Corpo de Bombeiros Militar, em Belo Horizonte, onde estava detido em condições que beiravam o absurdo para um criminoso desse calibre.

A transferência, confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, só ocorreu após pressão e indignação da família da vítima e da sociedade. O pai de Lorenza, Marco Aurélio Silva, não escondeu o alívio: “Mais de 4 anos após o assassinato e 2 anos após a condenação, nós, finalmente, o vimos no presídio. Até então, ele estava no, digamos, spa do Corpo de Bombeiros, no Aeroporto da Pampulha. Ficava passeando o tempo todo, saía uma vez por semana para ir ao médico, mas agora isso acabou”, desabafou, ressaltando o sentimento de justiça tardia.O feminicida, responsável por um crime hediondo e repugnante, foi condenado não só pelo assassinato da esposa, mas também por omissão de cautela ao manter arma de fogo acessível ao filho menor de idade. O laudo do Instituto Médico-Legal revelou detalhes chocantes: o corpo de Lorenza chegou quase sem sangue ao IML, evidenciando a brutalidade do crime cometido por quem deveria zelar pela lei e pela vida.

A cela especial onde o assassino ficará recolhido, embora ainda preserve algumas prerrogativas do cargo, representa um avanço diante do cenário anterior de privilégios injustificáveis. A família da vítima, assim como a sociedade, espera que o autor desse crime hediondo cumpra sua pena de forma exemplar, sem mais benefícios indevidos.

A história de Lorenza é um lembrete doloroso da necessidade de justiça firme e igualitária, especialmente quando o criminoso ocupa posição de poder.

O Metropolitano

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