Movimentos pedem a prisão de Jair Bolsonaro e de outros 36 indiciados pelo PF por tentativa de golpe de Estado
Da redação | BdF
Com o mote “Sem anistia para golpistas”, protestos estão marcados em ao menos 18 estados, além do Distrito Federal, na próxima terça-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos. As manifestações são convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Os atos acontecem em meio à repercussão da quebra de sigilo do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. No último 21 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os generais Augusto Heleno e Braga Netto outros 34 investigados foram indiciados pela PF pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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A investigação revelou que o plano golpista incluía os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento foi encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que define se apresenta a denúncia, solicita novas diligências ou arquiva o processo.
“Mesmo vindo de um grupo político com notória inclinação golpista, autoritária e avessa à democracia, o grau de violência e desumanidade causa espanto. O caso extrapola a definição, já grave, de conspiração política, e avança para o crime organizado e para o terrorismo”, avalia nota conjunta de organizações sindicais, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a Intersindical e a Força Sindical.
A mobilização tem como reivindicação central o julgamento e a prisão de todos os envolvidos no caso. Pede, ainda, o fim da escala de trabalho 6×1, a valorização do salário mínimo e das aposentadorias, a derrubada do “PL do estupro”, a taxação dos ricos e o fim do genocídio contra a população negra.
Atos estão confirmados em Maceió (AL), Itabuna (BA), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Vitória (ES), Goiânia (GO), São Luís (MA), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Poços de Caldas (MG), Belém (PA), João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Maringá (PR), Recife (PE), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ, Campos dos Goytacazes (RJ), Nova Friburgo (RJ), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Apiúna (SC), Criciúma (SC), Florianópolis (SC), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Campinas (SP), Osasco (SP), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP).
Em BH, a manifestação pela prisão de Bolsonaro e contra a escala 6 x 1, também pede pela taxação dos mais ricos, contra a PEC do estuprador e as privatizações do governo Zema
A manifestação acontecerá na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, às 18h, Valéria Morato, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB – MG) e do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), afirmou que, em BH, a mobilização vai denunciar, também, a PEC 66/2023, que ameaça a aposentadoria e os projetos de privatização do governador Romeu Zema (Novo).
“O ato vai reunir, especialmente para nós mineiros e mineiras, várias discussões sobre a PEC 66 e as tentativas de privatizações do governo Zema”.
A mobilização, segundo Valéria, “trata de pautas de grande interesse da classe trabalhadora” tendo em vista que o ato defende o fim da escala 6×1 e luta pela isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que ganham até cinco mil reais.
“Dia 10 será um ato com grande debate sobre tudo que tem acontecido com o povo trabalhador do nosso país”, comenta a presidenta.
Mais informações acesse aqui as páginas dos organizadores.