Dados do IBGE mostram disparidade na renda e desigualdade de gênero em Minas Gerais

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Luciano Meira

Nova Lima, com a maior renda média do trabalho do país, e Itaguara, município menor e com menor renda formal, ambas localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, evidenciam o abismo econômico e as disparidades salariais entre homens e mulheres em Minas Gerais. Enquanto Nova Lima ostenta rendimento médio de R$ 6.929,48, Itaguara registra R$ 2.050,44, com destaque para a diferença expressiva nos ganhos masculinos e femininos em ambas as cidades.Em Nova Lima, a renda média do trabalho é de R$ 6.929,48 mensais, sendo R$ 8.532,19 para os homens e R$ 5.082,06 para as mulheres. A disparidade entre gêneros representa que as mulheres ganham cerca de 40,43% a menos que os homens no município.

Já em Itaguara, a renda média geral é de R$ 2.050,44, com os homens recebendo R$ 2.293,03 e as mulheres R$ 1.700,48 por mês. A diferença de renda entre gêneros é de aproximadamente 25,82%, menor que a observada em Nova Lima, mas ainda expressiva e preocupante.

Comparação da desigualdade salarial

Nova Lima: diferença de 40,43% a menos para mulheres, Itaguara: diferença de 25,82% a menos para mulheres.

Em termos absolutos, embora Nova Lima apresente ganhos médios muito maiores para ambos os sexos, a disparidade percentual no rendimento é mais acentuada. Por sua vez, Itaguara, com renda média já inferior, também possui uma desigualdade significativa, expressa na menor remuneração feminina em relação aos homens.

Contexto socioeconômico e desafios

Nova Lima se destaca pela atividade econômica diversificada, com setor imobiliário forte e proximidade de Belo Horizonte oferecendo empregos com melhores salários e qualificação. Já Itaguara enfrenta desafios típicos de municípios menores do interior, com economia baseada em pequenos comércios, agricultura e indústrias que apresentam menor remuneração média e oportunidades limitadas, especialmente para mulheres.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres é um problema estruturante em Minas Gerais e no Brasil, com as mulheres ganhando em média 24,88% a menos que os homens no estado, pior em cargos de chefia. As disparidades evidenciadas em Nova Lima e Itaguara refletem essa realidade, exigindo políticas públicas efetivas para reduzir discriminações e promover a igualdade de oportunidades salariais.

Os dados comparativos retratam o contraste marcado entre dois municípios mineiros, revelando as nuances da desigualdade econômica e de gênero que persistem mesmo em regiões ricas em oportunidades e nas menos favorecidas.

O Metropolitano

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