Em encontro com Lula chineses anunciam R$ 27 bi em investimentos no Brasil

Agência Gov
No Seminário Empresarial China-Brasil, que reuniu investidores chineses e brasileiros em Pequim, foram anunciados R$ 27 bilhões de investimentos chineses em projetos sediados no Brasil, em diversas áreas, com forte conteúdo tecnológico.
A China – segunda maior economia do mundo – é o principal investidor asiático no Brasil e o principal destino das exportações brasileiras, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil. Commodities como soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representaram 75,6% do total exportado pelo Brasil ao país. No ano passado, o Brasil se consolidou como o maior fornecedor de carne bovina, carne de aves, soja, celulose e açúcar para os chineses.
Planos de investimentos divulgados
Líder no mercado de entregas na China, a Meituan vai entrar no Brasil para concorrer, principalmente, com o Ifood. A empresa anunciou um investimento de R$ 5,6 bilhões, em cinco anos.
No Brasil, a empresa vai usar a marca Keeta, bandeira sob a qual já opera em Hong Kong e na Arábia Saudita.Segundo dados do governo, a estimativa de é geração de 100 mil empregos indiretos, além da instalação de uma central de atendimento no Nordeste, com 3 mil a 4 mil empregos diretos.
A rede Mixue vai passar a comprar frutas do Brasil para fabricação dos sorvetes e bedidas geladas, como chás. A empresa é a maior rede de fast-food do mundo, com 45 mil lojas, à frente do Mc Donald’s. A empresa vai iniciar operação no Brasil com capital de RS$ 3,2 bilhões e projeta 25 mil empregos até 2030.
No setor de tecnologia, a Longsys, por meio da subsidiária Zilia, anunciou no ano passado um plano de investimentos para 2024 e 2025 de R$ 650 milhões, nas plantas de fabricação de São Paulo e Manaus, que terão capacidade ampliada.
A Zilia tem participação nacional na fabricação de componentes para semicondutores e também dispositivos de memória, os circuitos integrados de memória DRAM e Flash.
A montadora GWM anuniou investimentos de R$ 6 bilhões para ampliar operações no País e pretende exportar para América do Sul e México.
A GAC Motor anunciou a sua instalação em Goiás para fabricação de três modelos de carros, dois elétricos e um híbrido, e um plano de investimento de US$ 1,3 bilhão, como antecipou o Estadão.
A Envision planeja investimentos de até RS$ 5 bilhões num parque industrial para SAF e hidrogênio verde.
A CGN vai investir R$ 3 bilhões em um hub de energia renovável no Piauí, com foco em energia eólica, solar, e armazenamento de energia, com geração prevista de mais de 5 mil empregos na construção das unidades.
A Didi – controladora do aplicativo de transporte 99 taxi – também vai investir em serviço de entrega no Brasil e planeja construir cerca de 10 mil pontos de recarga para promover a eletrificação de veículos na frota nacional.
A Nortec Química formalizou parceria com chinesas e vai investir RS$ 350 milhões numa plataforma industrial.