EUA retiram Alexandre de Moraes e esposa de sanções da Lei Magnitsky

Governo Trump revoga punições impostas em julho sem explicar motivos, liberando bens e transações nos Estados Unidos após meses de tensão diplomática

Ministro Alexandre de Moraes e a esposa Viviane Barci de Moraes Foto: Reprodução Redes Sociais
Luciano Meira

O governo norte-americano anunciou nesta sexta-feira (12) a retirada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de sua esposa Viviane Barci de Moraes e de uma empresa do casal da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A medida, confirmada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, não detalha as razões da revogação, encerrando restrições que bloqueavam eventuais bens nos EUA e proibiam transações com cidadãos ou empresas americanas. Moraes fora incluído na lista em julho, acusado de violações de direitos humanos como censura e prisões arbitrárias, em contexto de julgamentos contra aliados de Donald Trump, como Jair Bolsonaro.A Lei Magnitsky, instrumento para punir estrangeiros por abusos graves de direitos humanos ou corrupção, gerou crise diplomática ao atingir o magistrado brasileiro, com bloqueio de ativos e proibição de vistos para familiares. Viviane foi sancionada em setembro por suposto apoio financeiro ao marido, ampliando retaliações do governo Trump após condenação de Bolsonaro a 27 anos por tentativa de golpe. No Brasil, o Planalto tratou o caso com cautela, defendendo separação entre questões internas e relações bilaterais, enquanto rumores apontavam negociações envolvendo Lula e Trump.

O STF e o governo brasileiro não se manifestaram oficialmente sobre a decisão até o momento. A revogação ocorre em meio a especulações sobre acordos em terras raras ou big techs, mas sem confirmação oficial. A medida alivia pressões externas sobre Moraes, relator de inquéritos sensíveis como os das fake news e atos antidemocráticos.

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