Perdendo para brancos e nulos: Zema recua em ICMS ‘das blusinhas’ descontentando comércio e indústria

Governador diz em rede social que irá editar novo decreto para o ICMS de importados

Governador Romeu Zema (Novo). Arquivo RMC
Luciano Meira

O governador Romeu Zema (Novo), “comeu mais uma banana com casca”. Desta vez o chefe do Executivo mineiro, supostamente motivado pela divulgação de seu desempenho pífio na pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira 1º, que monitorou possíveis cenários eleitorais para a disputa presidencial em 2026, postou em suas redes sociais que não aplicará o aumento do ICMS nos produtos importados, e até a próxima sexta-feira (04), o decreto editado em dezembro/2024 prevendo a elevação do imposto a 20% será modificado.O decreto que estabeleceu o aumento no ICMS sobre produtos importados foi publicado em dezembro/25 e entraria em vigor nesta terça-feira (1º). Zema postou nas redes sociais sua intenção de não aplicar a norma. “O Governo de Minas não aumentará o ICMS sobre importados. A medida é um combinado de todos os Estados para proteger a indústria nacional. Porém, como nem todos concluíram o ajuste, Minas optou por não aumentar”, as postagens foram feitas nos perfis do X e do Instagram.

A decisão do governador Romeu Zema (Novo) em revogar o aumento do ICMS para 20% sobre importados em Minas Gerais, gerou críticas dos setores de comércio e indústria.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio MG) publicou uma nota dizendo que foi surpreendida negativamente com a decisão de Zema. A entidade entende que a elevação do ICMS a 20% minimiza diferenças na tributação de produtos vendidos por comerciantes nacionais em comparação às plataformas internacionais como a Shein, Shopee e AliExpress.A Fecomércio MG, assim como outras associações no país, alegam sem falar em outros eventuais fatores, que a não taxação adequada dos produtos importados resulta em concorrência desleal.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg também divulgou nota dizendo que é preciso garantir isonomia tributária e proteger a indústria nacional. “O avanço expressivo das compras internacionais por meio de plataformas digitais têm intensificado a concorrência desleal, uma vez que muitos desses produtos escapam da devida tributação ao se aproveitarem de brechas legais. Isso resulta em preços artificialmente baixos, comprometendo a competitividade e a sustentabilidade da produção local”, diz a nota.

A Fiemg parece justificar a posição do governador, dizendo que a elevação do imposto sem que outros estados façam o mesmo, gera novas distorções que poderiam prejudicar ainda mais a indústria no país.

O governo, em nota, afirmou que um novo decreto será publicado até sexta-feira para revogar o aumento do ICMS. “O Governo de Minas entende que a mudança da carga tributária, para ser efetiva e sem prejuízos, precisaria ser igualitária para todos os Estados, o que não ocorreu”, diz texto do governo.

Resultado da pesquisa

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta terça-feira 1º, mostra que o presidente Lula (PT) lidera a disputa no primeiro turno com vantagem de quase oito pontos sobre o segundo colocado, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os demais candidatos, apresentados nesse cenário não têm percentuais competitivos. Apesar do esforço para se fazer conhecido nacionalmente, da tentativa de se posicionar ideologicamente nas redes sociais e a contratação de um novo marketeiro, Zema só vence a candidata Marina Silva (Rede), e ainda assim perde para brancos, nulos e os “não sei”.
Veja os resultados:

Lula – 41,7%
Tarcísio de Freitas – 33,9%
Pablo Marçal – 5,4%
Ronaldo Caiado – 3,8%
Eduardo Leite – 3,6%
Simone Tebet – 3,3%
Romeu Zema – 1,6%
Marina Silva – 0,5%
Não sei/branco/nulo – 6,2%

Em cenário isolado contra o presidente Lula, o governador Zema segue perdendo para brancos, nulos e os “não sei”.

Lula – 44%
Romeu Zema – 25%
Não sei/branco/nulo – 30%

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