Na mesma Reunião Ordinária, parlamentares que tomaram posse na semana passada fizeram sua estreia na fase de Oradores

Da redação
Impactos da taxação do aço e reajuste salarial para servidores estaduais foram temas destacados nos pronunciamentos dos parlamentares na Reunião Ordinária de Plenário da tarde desta terça-feira (11/2/25), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Em seu discurso, o deputado Caporezzo (PL) criticou a falta de reposição salarial: “O governador Romeu Zema abandonou a segurança pública”. O parlamentar ainda expressou preocupação com o material didático disponibilizado a estudantes do Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele leu trechos dos livros e apontou o que considera distorções, como a menção ao golpe militar sem referência à Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Já o deputado Leleco Pimentel (PT) usou boné com a frase “O Brasil é dos brasileiros” e celebrou os 45 anos do Partido dos Trabalhadores. Ao tratar das sobretaxas do aço e do alumínio exportados pelo Brasil, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que essa medida vai gerar prejuízo para a indústria mineira e impactar o produto interno bruto (PIB) brasileiro.
O deputado Betão (PT) reiterou as críticas às medidas de Trump e ao que ele considera como tentativas de reescrever a história. Ele ainda recordou o tratamento desumano enfrentado pelos brasileiros deportados dos Estados Unidos e salientou que muitos são mineiros.
Recuperação de Ipatinga e ações para pequenos produtores foram alguns dos assuntos destacados
Além de destacar a importância de mais mulheres no Parlamento, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) alertou sobre um julgamento agendado para esta quarta-feira (12), a partir das 13h30, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Deverá ser decidido o mérito de uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo governo estadual contra o pagamento do piso salarial profissional nacional da educação, conforme estabelece legislação estadual aprovada em 2015.
Segundo ela, apesar de ter em caixa cerca de R$ 4 bilhões de recursos da educação, o Poder Executivo estadual trabalha contra um direito fundamental da população, sobretudo da faixa mais jovem.
Novos parlamentares fazem seus primeiros discursos

Em sua estreia no Parlamento, a deputada Carol Caram (Avante) enfatizou as qualidades da cultura e da população mineira. Também lembrou dificuldades enfrentadas pelos pequenos e médios produtores rurais.
“Mineiros e mineiras não podem mais esperar, precisamos ir avante”, afirmou. Ela disse que sua principal bandeira é o combate à fome. Também pretende lutar para melhorar o abastecimento de água e o acesso ao ensino de qualidade.
A parlamentar recordou sua origem no Vale do Mucuri e fez menção à própria carreira como advogada e professora, frisando que teve a chance de conhecer de perto a realidade de Minas Gerais. “Eu tenho vários sonhos para a nossa gente. Prometo incansavelmente lutar pelo meu povo, em busca de desenvolvimento e progresso”, discursou.
Carol Caram agradeceu pela confiança de seu eleitorado e frisou a alegria de compor a maior bancada feminina da história da ALMG. “Mulheres, somos o pilar da nossa sociedade, somos fortaleza, somos incríveis”, declarou.