Condenado a 17 anos pelos atos de 8 de janeiro é preso pela PCDF após retornar da Argentina
Paulo Augusto Bufarah era considerado foragido e já respondeu a processos envolvendo Lei Maria da Penha
Luciano Meira
Paulo Augusto Bufarah, de 55 anos, condenado a 17 anos de prisão, sendo 15 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na noite de quarta-feira (25/6), em Brasília, após retornar da Argentina, onde estava foragido. Bufarah é um dos condenados por participação nos atos golpistas e de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por manifestantes.
De acordo com informações oficiais, Bufarah foi preso em uma ação articulada da PCDF logo após sua chegada à capital federal em um ônibus que saiu de Campo Grande (MS). Ele era considerado foragido da Justiça brasileira após romper sua tornozeleira eletrônica e deixar o país. O trabalho de monitoramento e cooperação internacional permitiu que as autoridades localizassem e efetuassem a prisão assim que ele retornou ao Brasil.
Bufarah já havia sido detido anteriormente e consta em listas de condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Além de sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, ele também já respondeu a processos envolvendo a Lei Maria da Penha, que trata de violência doméstica contra mulheres. Os detalhes desses processos permanecem sob sigilo judicial.
A prisão de Paulo Augusto Bufarah reforça o compromisso das autoridades brasileiras em responsabilizar todos os envolvidos nos ataques à democracia, inclusive aqueles que tentaram se refugiar no exterior. Bufarah integra o grupo de condenados pelo STF por crimes como associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.