Luciano Meira – Belo Horizonte
Nesta sexta-feira (15) manifestantes se reuniram em várias capitais do Brasil em apoio a Proposta de Emenda à Constituição – PEC, de autoria da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que altera a escala de trabalho 6×1.
O ato também tem o objetivo de pressionar deputados federais que ainda não se posicionaram favoravelmente. A PEC já conseguiu as assinaturas necessárias para ser protocolada, mas há uma preocupação se avançará na Câmara. A proposta ainda não foi protocolada, a deputada disse que outros deputados e deputadas querem apoiar o texto, que já conta com assinatura até de parlamentares de direita. Outras nove propostas sobre redução de jornada já foram engavetas no Congresso.
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O ato foi convocado pelo movimento VAT (Vida Além do Trabalho), liderado pelo vereador Rick Azevedo (Psol-RJ) que criou uma petição online com mais de 2,9 milhões de assinaturas contra a atual escala de trabalho.
Na Avenida Paulista em SP, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) disse em seu discurso: “Vamos para cima deles. Vamos cobrar, vamos exigir mudança. Vamos exigir transformação de uma escala que não traz nenhum tipo de dignidade, respeito e qualidade de vida para classe trabalhadora”.
Também houve manifestações em Belo Horizonte, Brasília, Recife, Fortaleza, Curitiba, Aracaju. Estudantes, grupos políticos ligados à esquerda e integrantes do movimento VAT participaram dos atos.
Os atos promovidos nesta sexta-feira (15) em defesa do fim da escala 6 por 1, não tiveram o mesmo apelo que a pauta atrai nas redes, mas podem ser considerados relevantes. Em Belo Horizonte, os manifestantes se reuniram na Praça Sete.
Na capital mineira o ato não pedia apenas o fim da escala 6×1, mas também a adoção da jornada 4×3 – quatro dias de trabalho para três de descanso, como prevê a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).
Os manifestantes mineiros também criticaram o ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho cantando: “Que contradição, tem ministro do Trabalho que é contra a redução [da escala 6 por 1]”.
Marinho havia defendido na segunda-feira (11),que a proposta fosse negociada diretamente entre empresas e trabalhadores, por meio de convenções e acordos coletivos, mas na quarta-feira (13), recuou após a repercussão negativa e postou nas redes sociais um vídeo em que se diz a favor do fim da escala 6 por 1 sem redução de salários.