Audiência Pública será convocada na Assembleia, governo não se manifesta

Luciano Meira – Belo Horizonte
Na véspera do carnaval, como já havíamos noticiado, servidores das forças de segurança pública fizeram uma manifestação contra o governador no Centro de Belo Horizonte.
Policiais civis, militares e penais reivindicam a recomposição das perdas salariais, incluindo a reposição do acumulado da inflação de janeiro deste ano, além do auxílio-alimentação.Fontes não oficiais informam que o governador disse que virão “coisas boas” para a categoria em março. Talvez após o carnaval, aconteça o pagamento do vale-refeição para a categoria, a única do estado sem direito a esse benefício. O pagamento já teria sido aprovado pela Comissão de Finanças (Cofin) da Secretaria de Estado da Fazenda, que não confirma, mas o pagamento poderá ser anunciado no próximo dia 7.
Durante o ato, os manifestantes distribuíram máscaras do governador com nariz de Pinóquio e bananas para a população. A fruta por conta de um vídeo postado por Zema em suas redes sociais comendo uma banana com casca para criticar os preços dos alimentos.Os manifestantes lembram que Zema prometeu a recomposição salarial parcelada até 2022 e, posteriormente, mas no projeto que tramitou na Assembleia vetou as parcelas do reajuste. O acordo firmado previa a recomposição das perdas inflacionárias acumuladas ao longo de seis anos, de forma escalonada, com 13% em 2020, 12% em 2021 e 12% em 2022. Zema só pagou a primeira parcela.
“O governador deu 300% de aumento para ele e uma banana para as forças de segurança”, era o que mais se ouvia na manifestação. A promessa não cumprida foi alvo de duras críticas dos representantes de todas as categorias presentas na manifestação.
O vice-governador Mateus Simões (Novo), apontado como eventual sucessor de Zema, também foi alvo de críticas. Os manifestantes creditam a ele veto às parcelas de recomposição prometidas pelo estado e não pagas.
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), principal representante das forças de segurança no Legislativo, disse que após o carnaval, será convocada uma audiência pública na Assembleia para discutir o reajuste das forças de segurança, com a presença de representantes do governo e da categoria.
Até o fechamento desta matéria o governo do Estado não havia se manifestado.