‘Narco Chefs’ e vendedores presos, além de mais de 400 ‘doces mágicos’ apreendidos em São Thomé das Letras pela PM
Polícia Militar apreende ‘brownies mágicos’ e ‘brisadeiros’ que possivelmente estejam relacionados com aumento de internações por intoxicação alimentar na cidade

Luciano Meira – Agências
Uma operação policial especial realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG em São Thomé das Letras, no sul de Minas, resultou na apreensão de centenas de “doces mágicos”, conhecidos como “brisadeiros”, “brownies mágicos” e outros apelidos criativos que pretendem descaracterizar os produtos alimentícios que levam em suas receitas drogas alucinógenas e entorpecentes, além de também não oferecerem nenhuma segurança do ponto de vista sanitário.Na operação que contou com 20 policiais, executada na noite de sábado (22), cerca de 400 produtos foram apreendidos com destaque para 200 “brisadeiros”, o “doce mágico” de maior preferência dos consumidores, que teria como base chocolate e maconha, de acordo com informações da prefeitura da cidade. Dez pessoas foram presas, sem que até o fechamento da matéria nos fosse informado, quantos seriam os “narco chefs” e quantos seriam os vendedores dos doces.
A operação aconteceu depois que a Prefeitura da cidade postou em suas redes sociais um alerta para os turistas sobre o aumento do número de internações por intoxicação alimentar que poderia estar relacionado ao consumo dos “doces mágicos”, que além da presença de alucinógenos e entorpecentes em suas receitas, não tem nenhum tipo de controle sanitário da procedência dos ingredientes (os lícitos) e das condições de higiene em que são produzidos. Sem que fossem identificados os autores, ouvimos relatos que já houve casos de crack ter sido usado na receita dos tais doces.
De acordo com a prefeitura da cidade, apenas em janeiro e fevereiro, foram 13 casos de pessoas que buscaram atendimento médico na cidade com sintomas relacionados à ingestão dos produtos, que podem causar além da intoxicação severa, sintomas psiquiátricos graves e, em casos extremos, levar à morte.